ATA DA DÉCIMA SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA COMISSÃO
REPRESENTATIVA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 17.7.1991.
Aos dezessete dias do mês de julho do ano de mil
novecentos e noventa e um reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio
Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Décima Segunda Reunião
Ordinária da Terceira Comissão Representativa da Décima Legislatura. Às nove horas e quarenta e cinco minutos foi
realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato,
Clóvis Ilgenfritz, Cyro Martini, Ervino Besson, Isaac Ainhorn, João Motta, Leão
de Medeiros, Omar Ferri e João Dib, Titulares. Constatada a existência de
“quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou ao
Vereador Ervino Besson que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. Após, o
Senhor Secretário procedeu à leitura da Ata Declaratória da Décima Primeira
Reunião Ordinária e da Ata da Décima Reunião Ordinária, que foram aprovadas. À
MESA foram encaminhados: pelo Vereador João Dib, 02 Pedidos de Informações; e
pelo Vereador Leão de Medeiros, 02 Pedidos de Providências. Do EXPEDIENTE
constaram: Oficio n° 87/91-GEP-GP, do Senhor Prefeito Municipal de Porto
Alegre; Telegramas, de apoio ao Projeto de Lei do Legislativo nº 05/91, do
Vereador José Valdir: dos Funcionários da Superintendência de Sistemas e
Processamentos de Dados da Companhia Estadual de Energia Elétrica; e da
AIDA-ANAF, Movimento de Conscientização Sindical Oposição Eletricitária; e
Convite do Coordenador do Seminário da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Isaac Ainhorn falou sobre sua
preocupação acerca das discussões, no segundo semestre que se aproxima, do
Imposto Territorial e Urbano - IPTU para o ano que vem, ressaltando que a
Câmara Municipal teve que autoconvocar-se para a votação do IPTU do presente
exercício. Informou, ainda, que já estão em aberto, conforme noticiam os
jornais, licitações para fazer reavaliações de plantas de valores de imóveis,
visando com isso onerar, ainda mais, a população porto-alegrense nos impostos
pagos anualmente. O Vereador João Dib referiu-se ao pronunciamento do Vereador
Isaac Ainhorn acerca de sua preocupação com o IPTU para o exercício de mil
novecentos e noventa e dois, comentando que há necessidade de revisão
tributária desse imposto. Manifestou-se sobre Projeto de Lei que reduz
assessoria nos Gabinetes dos Parlamentares. E, ainda, sobre valores de gastos
com pes- que o Executivo Municipal modificou com uma Lei Ordinária. O Vereador
Omar Ferri manifestou-se sobre o cancelamento de sua filiação ao PSB, dizendo
que foi lastimável essa experiência. Disse, ainda, que está saindo desse
Partido por ser sectário e que é a última vez que discursa como Líder do PSB. O
Vereador Clóvis Ilgenfritz falou pesaroso sobre a morte de José Carlos de
Oliveira, integrante de seu Partido. Discorreu sobre denúncia do Deputado José
Fortunati sobre o funcionamento da Televisão Educativa. E, ainda, sobre a
discussão de Lideranças da Casa acerca do IPTU e gastos com pessoal, informando
que deve estar chegando a lei de diretrizes tributárias, solicitando que o
Legislativo ofereça sugestões para a melhoria de Porto Alegre. Às dez horas e
vinte e um minutos, constatada a inexistência de “quorum”, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Reunião Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelos Vereadores Omar Ferri e Leão de Medeiros e secretariados pelos Vereadores
Leão de Medeiros e Clóvis Ilgenfritz. Do que eu, Leão de Medeiros, 1°
Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada,
será assinada pelo Senhor Presidente e por mim.
O SR. PRESIDENTE (Leão de Medeiros): Estão abertos
os trabalhos da presente Reunião.
Solicito ao Ver. Omar Ferri que assuma a
Presidência dos trabalhos.
(O Ver. Omar Ferri assume a Presidência.)
O SR. PRESIDENTE (Omar Ferri): Liderança com
Ver. Isaac Ainhorn.
O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós já estamos praticamente no final do recesso do mês de julho e
nos preocupa, como questão básica e central de discussão no segundo semestre, o
problema do Imposto Predial e Territorial Urbano para o ano de 1992. Nós temos,
com relação a essa matéria, uma enorme preocupação em razão dos fatos que
ocorreram no início deste ano em que esta Câmara de Vereadores teve que se
autoconvocar extraordinariamente para resolver o problema do IPTU de 1991. E
este fato, além dos transtornos naturais que trouxe, uma vez que os próprios
carnês já estavam emitidos, trouxe também um outro problema, porque muitas
pessoas receberam e pagaram os seus carnês e não se beneficiaram com as
vantagens que a nova Legislação, introduzida pela Câmara de Vereadores, trouxe
à questão do IPTU.
Então, nós, que temos consciência de que a
proposta orçamentária deverá ser encaminhada até o dia 30 de setembro, notamos
uma ausência daquilo que tem sido propalado, mas que na realidade não se
constitui, que é uma ampla discussão sobre o IPTU na cidade de Porto Alegre.
Recentemente, nós tivemos a oportunidade de ler
nos jornais que o Executivo Municipal pediu uma prorrogação do prazo por mais
trinta dias para apresentar as suas conclusões em relação aos estudos que
formulou em relação ao IPTU. Agora, nós temos as nossas dúvidas porque os
jornais noticiaram que na semana passada seriam abertas as propostas de
licitação para que uma empresa fizesse a elaboração e uma reavaliação da Planta
de Valores da cidade de Porto Alegre.
Ora, nós sabemos muito bem que numa economia
capitalista, numa economia de mercado, os imóveis tendem a sofrer um processo
de valorização muito grande nos períodos de crise sobretudo quando há uma
demanda retraída em relação aos imóveis em razão da falta de poder aquisitivo
da população. Então os imóveis se super valorizam. Ora, se vão contratar uma
empresa para fazer reavaliação de Plantas de Valores numa época difícil da
economia brasileira? Não precisa contratar empresas para fazer este tipo de
trabalho. Eu acho que o que não poderia ser feito neste momento é a reavaliação
da Planta de Valores, porque a reavaliação da Planta de Valores se constituirá
num poderoso instrumento para onerar a população com o IPTU e a justificativa
vai ser esta. Não. A justificativa, Ver. Dib, vai ser simplesmente esta de que
o imposto predial, as alíquotas incidem sobre os valores dos imóveis, e nós
contratamos, companheiros - eu já estou vendo o discurso - uma emprasa sobre o
regime de licitação pública, para verificar, avaliar os valores dos imóveis.
Nós só estamos cumprindo a lei. Essa será a argumentação que virá para se
onerar a população, 443 mil unidades imobiliárias na cidade de Porto Alegre,
sendo que destas, 100 mil, são comerciais. Então, ou se reduz o valor da
alíquota ou se não, se mantém os atuais valores da Planta de Valores. Ora, se a
Planta de Valores ficou vinte anos sem ser mexida, por que que a Administração
Popular, auto se dizendo popular, tem que anualmente reavaliar a planta de
valores? É óbvio que ela vai sempre aumentar e isso representa o quê? A
penalização dos munícipes da cidade de Porto Alegre.
Eu tenho uma proposta no sentido de que sempre
que a Planta de Valores Imobiliários for reavaliada em níveis superiores à
inflação ela deva passar pelo crivo da Câmara de Vereadores. É a única maneira
de conter a fúria tributária do Município de Porto Alegre.
Queremos aqui manifestar a nossa preocupação de
que não venha o Executivo Muicipal trazer para cá, na última hora, trazer para
cá uma proposta em termos de IPTU e que não haja tempo suficiente para
discuti-la. Infelizmente a Administração Municipal ela não aceitou uma proposta
que houve deste Vereador e que tinha sido assumida pelo próprio Sr. Prefeito
Municipal de que faria um amplo debate com a participação do Poder Executivo e
do Poder Legislativo, preferiu o caminho de fazer uma comissão lá, e de
formalmente dizer: convidamos os Vereadores a participar do debate. Não. Não
era esse o propósito. O propósito era se fazer uma ampla discussão do IPTU
reunindo Câmara e Executivo, mas essa não interessava ao Executivo tanto é que
até hoje está nas gavetas e não se vota uma proposta de constituição de uma
comissão especial para se examinar o IPTU que este Vereador requereu no mês de
fevereiro e que infelizmente até hoje não se deslinda e não se vota aqui nesta
Casa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Visivelmente não há
“quorum” para a votação. Na Ordem do Dia não há “quorum”, Vereador. Se nenhum
dos Srs. Vereadores solicitar tempo de Liderença, essa Presidência vai declarar
encerrada a Reunião.
Liderança com o PDS. Com a palavra o Ver. João
Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, tem razão o Ver. Isaac Ainhorn, com a sua preocupação em relação ao
Projeto do IPTU para o próximo ano. Nós legisladores do município estamos esquecendo
que o Executivo Municipal diz que nós aumentamos as alíquotas, nós aumentamos
todas as coisas do IPTU. Nós somos os responsáveis até pela aplicação da Lei
que o Executivo está fazendo agora e que aquelas pessoas que não pagarem
janeiro, vão pagar agora, e têm que pagar muito mais. Difícil da população
entender.
Há um Projeto de Lei de autoria da Bancada do PDS
para que se revise integralmente todo o sistema tributário em relação ao IPTU.
E esse Processo não tramita. Não é o Ver. João Dib, não é a Bancada do PDS que
dizem que a progressividade em razão do valor venal é inconstitucional, são os
tributaristas, está aqui um artigo da “Gazeta Mercantil” do dia 27 de junho
assinado por José Carlos Barbuio, ele diz: “A progressividade dotada pelo
Legislador Municipal ignora os elementos da função social da propriedade
exigidos à luz do parágrafo 1° do art. 156 da Carta Magna, deixando por isso de
atender os ditames constitucionais específicos, ela está ligada diretamente ao
valor venal dos imóveis, não há como, impõe a Lei das leis, a supremacia da
função social da propriedade expressa no chamado Plano Diretor. Isso é o que o
Executivo fez, é o que voltará a fazer, já avisando que vai cobrar mais IPTU,
não que vai diminuir os pesados ônus que caem em cima da população.
A verdade é que as Administrações anteriores
colocaram os reajustes do IPTU abaixo da inflação; essa não coloca acima da
inflação, coloca várias vezes acima da inflação e nós estamos aqui aguardando
que se vote um projeto de lei que torna sem efeito a Lei Complementar nº 212.
Mas, também, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu
pedi a análise de um processo em que pretendo a diminuição do número de
assessores dos Vereadores e não vejo a Câmara Municipal se manifestar a
respeito, mas vejo todas as câmaras do interior fazerem a modificação dos seus
quadros funcionais, reduzindo a despesa apresentada mensalmente à imprensa.
Quero reduzir o número de assessores, quero que o processo seja analisado,
quero perder por 31 a 1, mas quero perder no Plenário, não quero mais perder
nas gavetas de ninguém! Quero ver esse projeto analisado a partir da primeira
semana de agosto.
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, para encerrar,
votamos uma lei que compõe os gastos de pessoal e não sei se essa lei foi
sancionada pelo Sr. Prefeito Municipal, não sei se foi vetada, mas sei que o
Prefeito Municipal mandou uma lei ordinária, muito ordinária até, que modificou
uma lei complementar. Esta Câmara tem que se posicionar: ou vale o que está
escrito na Lei Orgânica, ou vale o que está escrito no Regimento Interno ou não
há mais razão de se fazer lei complementar, numerá-las diferentemente, até, ter
uma forma processual, um rito processual para sua votação, quando o Prefeito,
por uma lei ordinária, pode modificar uma lei complementar.
Então, gostaria que a Casa me informasse se S.
Exª o nobre, digno responsável pelos assuntos municipais, o Prefeito Olívio
Dutra, vetou, sancionou ou se silenciou para que a Câmara promulgue a lei que
ela própria votou às duas horas da madrugada, dizendo como se compõem os gastos
de pessoal. Alerto que o Secretário da Fazenda do Estado, o grande Professor
Orion Cabral, já está aprendendo com a Administração Popular e parece que quer
fazer a mesma composição de gastos lá no Estado.
Eu acho que temos que assumir nossas
responsabilidades e não transferi-las. O Prefeito deve dizer se sanciona, se
veta ou se silencia, para que possamos dar continuidade aquilo que nós levamos
até as duas horas da manhã. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Leão de Medeiros): Liderança com o
PSB, com a palavra o Ver. Omar Ferri.
O SR. OMAR FERRI: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, esta é uma ocasião de alta excepcionalidade para este Vereador em
matéria de manifestações de Liderança desta tribuna. Talvez seja a última
manifestação que este Vereador fará na qualidade de Líder de um Partido.
Possivelmente, dentro de 24 ou 48 horas, este
Vereador convocará uma coletiva de imprensa para informar que vai cancelar a
sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro. Foi uma lastimável experiência
de minha parte. Eu devo mencionar alguns fatos: ontem eu ouvi na rádio ou li no
jornal que S. Exª, o Governador do Estado, denunciava que em certo expediente
administrativo havia quarenta e oito despachos e o problema de mérito não havia
sido solucionado. Ontem, um assessor da Casa me informava que tramitam
expedientes no Município de Porto Alegre com três ou quatro folhas de despachos
- despachos mais ou menos desta maneira: por competência ao órgão tal. Hoje, eu
abro o jornal e observo que o Deputado Federal Nelson Jobim denuncia o caos
político do País. E há uma mantifestação de um professor da Universidade de
Flórida, nos Estados Unidos, que diz que democracia com miséria é anedota.
Eu retorno, primeiro, há vinte e cinco anos
atrás, quando estive a primeira vez em Cuba e minha impressão foi a melhor
possível; e há dois anos passados quando, lastimavelmente, eu verifiquei o
centro de Havana num total caos urbanístico, eu achava aquilo imperdoável e
considerava que o regime socialista não poderia compactuar com aquele crime de
destruir o maior centro urbanístico de arquitetura espanhola fora da Espanha,
na cidade de Havana. E fui fazer em Cuba, uma visita nostálgica ao “Instituto
Cubano de Amistad por los Pueblos”, que me convidou em 1964, em nome do Governo
Cubano para visitar a ilha. E, lá aconteceu um fato muito incrível. Eu peguei
um táxi acompanhado da minha Senhora, fui do hotel até o Instituto Cubano, a
uns doze ou quinze quilômetros do centro de Havana. Perguntei pelos meus
amigos, um estava na África, outro na Europa e outro estava não sei onde. Disse
que era brasileiro, que havia sido convidado para estar em Cuba e gostaria de
falar com a pessoa encarregada dos assuntos da América Latina do “Instituto
Cubano de Amistad por los Pueblos”. Incrivelmente, me informaram que eu deveria
voltar para o hotel, pegar o telefone, telefonar para o Instituto, falar e
marcar com fulana de tal uma audiência. Eu disse: “Mas, eu faço uns dez mil
quilômetros venho aqui e daqui me mandam para o hotel para telefonar?!” Não, aí
não dá. Eu desisti.
Então, vejam bem, este sectarismo de coisas que
não se resolvem. O PSB, aqui em Porto Alegre, hoje, é um Partido que representa
fielmente este estado de coisas, este espírito de coisas através do sectarismo
ideológico. Hoje, para o PSB, através dos seus dirigentes são cinco ou seis,
não quero citar nenhum deles, mas todos eles ideologicamente são sectários.
Eles imaginam e entendem que haverão de resolver os problemas da América Latina
adotando apenas um princípio, o princípio da ideologia.
A minha divergência com o Partido nasceu de uma
discussão com a militância das zonais de Porto Alegre, em que a minha posição
era de que não resultaria em nada o Partido ir às vilas falar em
marxismo-leninismo. Melhor seria atender reivindicações e solucionar problemas,
isto é, uma política de “feijão com arroz”, resolvia muito mais do que adotar
uma linha professoral de ensinamento de doutrinas ideologicamente não
perceptíveis pelo nosso povo. Começaram aí as nossas desavenças, que, como os
Senhores Vereadores, sabem, terminou naquela memorável votação do
sábado-inglês. Que por duas vezes votei com o objetivo de manter as tradições
comerciais do Município de Porto Alegre, isto é, deixando aberto o comércio da
Azenha, Assis Brasil, toda Zona Sul. Resolvi votar pela tradição e em favor dos
hábitos da Cidade. Então fui expulso do Partido. Recorri. Determinaram a
renovação do meu processo de expulsão, e aí anularam tudo. Agora, quem sai sou
eu. Ninguém me põe para a rua de agremiação nenhuma, eu saio. Envergonhado de
ter pertencido por dois anos a um partido tão sectário como é o PSB do Rio
Grande do Sul, não o partido a nível nacional.
Era essa a comunicação que hoje eu sentia a
necessidade de transmitir aos meus prezados colegas da Câmara. Esta é a última
vez que este Vereador fala na condição de Líder de um Partido que está se
pulverizando. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver.
Clovis Ilgenfritz.
O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, falo aqui em meu nome, em nome do Partido e também, em especial o
Ver. João Motta que hoje se faz presente conosco. O primeiro ponto que eu
queria colocar, é que nós tínhamos um Voto de Pesar, para nós muito pesaroso
mesmo, que foi a morte de um jovem companheiro, um dos mais idealistas que eu
conheci até hoje, que foi José Carlos Oliveira, o Zezinho. Nós queremos deixar
constando, aqui, que só por não ter havido “quorum” nós não podemos enviar esse
Voto de Pesar, mas amanhã nós estaremos com esse voto aqui. O José Oliveira
deixou uma marca indelevel de um idealista lutador e que amadurecia para uma
posição adulta de um político de renome a nível de Estado e, seguramente, iria
se projetar nacionalmente. Grande companheiro que morreu prematuramente. Filho
do ex-Deputado Jauri de Oliveira.
O outro aspecto que eu queria rapidamente colocar
é que existe uma denúncia que nós consideramos muito séria com relação ao
funcionamento da Fundação Piratini e a TVE. Nós voltaremos a este assunto.
Queríamos dizer, também, que estamos discutindo
e, ontem, na reunião do Secretariado Municipal, tivemos a oportunidade de
conhecer melhor toda uma preocupação que existe, e, aqui, eu respondo em parte
com todo respeito às indagações e inquietações dos companheiros Vereadores da
Bancada do PDS, do PDT, que falaram aqui como Lideranças, com relação ao IPTU e
a questão com gastos de pessoal. Já está nas minhas mãos e deve estar chegando
para todos os Vereadores a Lei de Diretrizes Orçamentárias. E a preocupação
manifestada, ontem, na reunião de Governo e Secretariado, com o Prefeito, com o
Vice-Prefeito, é que esta questão do IPTU possivelmente nós precisemos desarmar
os espíritos, um pouco. Eu tenho claro, pelas manifestações, inclusive, do
Secretário da Fazenda, há todo um interesse sério, profundo da Administração em
fazer uma discussão que não deixe nenhum problema sem resposta e sem um
encaminhamento justo para a cidade de Porto Alegre. As questões que foram
levantadas, as questões que aconteceram no ano que passou, a discussão que
houve na Extraordinária deste ano, se ela se repetir será no sentido de ajustes
de questões que hoje estão sendo corrigidas. A Planta de Valores, através de
concorrência pública, já está sendo contratado e, em sessenta dias, nós teremos
uma nova Planta com todo o processo científico. A discussão da progressividade,
a discussão das faixas de valores, tudo isso deve se discutido por nós.
A Câmara tem uma responsabilidade igual ou maior
que o próprio Executivo em encaminhar soluções e propostas. E eu acho que nós
podemos somar neste sentido. E o Executivo está empenhado neste assunto. A
Comissão que o Executivo organizou é uma Comissão que ele tinha que organizar.
Nós, aqui no Legislativo, faremos a nossa Comissão. E vamos juntar as nossas
forças no sentido de cruzar dados, para ver se chegamos a um denominador comum.
Eu acho que a Cidade precisa disso e nós temos claro que isto vai acontecer.
Eu queria também colocar o nosso esforço de
tentar trazer a Porto Alegre no início de agosto o Sr. Nélson Mandella, para
receber aqui, pessoalmente, o título de Cidadão de Porto Alegre, que esta
Câmara outorgou e que a imprensa, por incrível que pareça, ao invés de divulgar
a possível vinda de Nélson Mandella aqui, divulga críticas à concessão de um
título a um cidadão como ele. Mas, ironias à parte, estamos fazendo um esforço,
o Prefeito, o Governador do Estado e o Presidente da Casa, para que ele esteja
aqui.
Hoje inicia o Encontro Nacional dos Arquitetos
Brasileiros, o 86° Encontro do Conselho Superior que vai homenagear o Prof.
Edgar Graeff, sobre o qual eu tenho até um Projeto tramitando na Casa, que
procura homenagear um Cidadão que fez muito pela questão urbana de Porto
Alegre, que é o Prof. Graeff, que hoje, é homenageado. E também a abertura da
lª Bienal de Arquitetura do Rio Grande do Sul, hoje à noite no MARGS, assim
como, ontem, nos lembrava, com muita propriedade, o Presidente da Casa, que nós
hoje temos a abertura do Seminário sobre Turismo Ecológico, que é promovido com
o co-patrocínio da Câmara Municipal de Porto Alegre, às 17 horas. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Omar Ferri): Solicito ao Sr.
1° Secretário que proceda a uma nova verificação de “quorum”, dada a existência
de Requerimentos encaminhados à Mesa, passíveis de votação.
O SR. 1° SECRETÁRIO: (Procede à verificação
de “quorum”.) Há 7 Srs. Vereadores presentes, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE: Não havendo “quorum”
para a Ordem do Dia, ficando assim prejudicado o período de Comunicações,
declaro encerrada a presente Reunião.
(Levanta-se a Reunião às 10h21min.)
* * * * *